terça-feira, 19 de novembro de 2013

DESAFIOS DE UM MUNDO MODERNO, TER OU SER?

            Vivemos num tempo de constantes mudanças tecnológicas, percebemos um avanço acelerado nas descobertas científicas, a comunicação se tornou tão fácil que está à mercê de um click ou, de um toque digital as notícias correm o mundo aceleradamente e nada pode frear a mídia. Observamos nesse tempo de mudanças, que o homem como ser social, também, está em constante mudança; cada vez mais livre de preconceitos, cada vez mais interagindo com a sociedade por meio dos recursos de comunicação, etc. Mas, também, percebemos algo que não é nada bom, pois, a humanidade vem se distanciando paulatinamente de Deus. Jesus afirmou que nos últimos dias a iniquidade se multiplicaria e, o amor se esfriaria de quase todos (Mt 24.12). O mundo atual está repleto de seres humanos; são cerca de sete bilhões de pessoas nesse velho planeta vivendo o “corre corre” da vida moderna, num mundo cheio de premências. O discurso da vez é: “você precisa ter”. O consumismo exacerbado toca até mesmo os mais humildes, pois, o marketismo moderno faz o cidadão ter a constante impressão de que está sempre faltando alguma coisa para que ele seja feliz. Na verdade, essa mensagem marketista, encontra um vácuo no coração da maioria das pessoas, pois, a falta de Deus em suas vidas lhes comunica uma insatisfação constante, e não sabendo como preencher essa lacuna espiritual, indivíduos de todas as idades e classes sociais buscam refúgio em coisas. Infelizmente, essa busca pela felicidade, ou autossatisfação, tem levado o ser humano por caminhos escabrosos, escorregadios. É difícil hoje encontrar uma família que não esteja sofrendo com tristes realidades como: alcoolismo, toxicomania, desvios de moral e de caráter que levam a crimes; em fim, uma verdadeira degradação da sociedade, que atinge a família e, também, a própria Igreja. Mas, estamos no mundo para buscarmos satisfação pessoal ou, glorificarmos a Deus? Nós cristãos devemos buscar a simplicidade, o amor à comunhão com Deus e com o próximo. Só Cristo pode preencher os espaços vazios da nossa alma e nos fazer seres felizes e, plenamente realizados. As nossas escolhas têm que ser diferente das escolhas mundanas. Devemos focar o nosso esforço em “ser” e, não em “ter”. Ser é incomparavelmente melhor do que ter, pois, os grandes vultos da história, são na maioria das vezes, lembrados por aquilo que foram ou que fizeram de significativo, não por aquilo que possuíram. Precisamos viver o Evangelho puro e simples nesse contexto conturbado, para que os homens vejam as nossas obras e, glorifiquem a Deus (1Pd 2.12). “Viver o evangelho é dedicar sua vida em favor ao próximo (independente de quem ele seja, irmão, gentio ou samaritano). Cabe-nos uma escolha hoje: viver o evangelho de Cristo ou viver para nossos próprios prazeres. O apóstolo Paulo assim define quem escolhe a segunda opção: "a que vive para os prazeres, ainda que esteja viva, está morta" (1Tm 5:6).”[1]. Amados irmãos, esforcemo-nos para viver o nosso Cristianismo da melhor maneira possível, pois, cristianismo não é religião, é uma nova forma de viver. A religião tem por fim religar o homem a Deus, mas, o Cristianismo traz Deus até o homem. Na religião o homem por seu esforço busca a Deus, mas, no Cristianismo, é Deus quem busca o homem: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10). Se é Deus quem nos busca, a nossa busca por Deus é resposta aos apelos divinos: “buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. (Is 556). Concluindo, queremos dizer, que não há nada errado em se possuir coisas, porém, o desafio é um equilíbrio entre o “ter” e o “ser” e, para nós cristãos, o “ser” deve ser mais relevante.
Pr. Rafael Ribeiro





[1] Site Mundo Cristão

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