Vivemos
num tempo de constantes mudanças tecnológicas, percebemos um avanço acelerado
nas descobertas científicas, a comunicação se tornou tão fácil que está à mercê
de um click ou, de um toque digital as notícias correm o mundo
aceleradamente e nada pode frear a mídia. Observamos nesse tempo de mudanças,
que o homem como ser social, também, está em constante mudança; cada vez mais
livre de preconceitos, cada vez mais interagindo com a sociedade por meio dos recursos
de comunicação, etc. Mas, também, percebemos algo que não é nada bom, pois, a
humanidade vem se distanciando paulatinamente de Deus. Jesus afirmou que nos
últimos dias a iniquidade se multiplicaria e, o amor se esfriaria de quase
todos (Mt 24.12). O mundo atual está repleto de seres humanos; são cerca de
sete bilhões de pessoas nesse velho planeta vivendo o “corre corre” da vida
moderna, num mundo cheio de premências. O discurso da vez é: “você precisa
ter”. O consumismo exacerbado toca até mesmo os mais humildes, pois, o
marketismo moderno faz o cidadão ter a constante impressão de que está sempre
faltando alguma coisa para que ele seja feliz. Na verdade, essa mensagem
marketista, encontra um vácuo no coração da maioria das pessoas, pois, a falta
de Deus em suas vidas lhes comunica uma insatisfação constante, e não sabendo
como preencher essa lacuna espiritual, indivíduos de todas as idades e classes
sociais buscam refúgio em coisas. Infelizmente, essa busca pela felicidade, ou autossatisfação,
tem levado o ser humano por caminhos escabrosos, escorregadios. É difícil hoje
encontrar uma família que não esteja sofrendo com tristes realidades como:
alcoolismo, toxicomania, desvios de moral e de caráter que levam a crimes; em
fim, uma verdadeira degradação da sociedade, que atinge a família e, também, a
própria Igreja. Mas, estamos no mundo para buscarmos satisfação pessoal ou,
glorificarmos a Deus? Nós cristãos devemos buscar a simplicidade, o amor à
comunhão com Deus e com o próximo. Só Cristo pode preencher os espaços vazios
da nossa alma e nos fazer seres felizes e, plenamente realizados. As nossas
escolhas têm que ser diferente das escolhas mundanas. Devemos focar o nosso
esforço em “ser” e, não em “ter”. Ser é incomparavelmente melhor do que ter, pois,
os grandes vultos da história, são na maioria das vezes, lembrados por aquilo
que foram ou que fizeram de significativo, não por aquilo que possuíram.
Precisamos viver o Evangelho puro e simples nesse contexto conturbado, para que
os homens vejam as nossas obras e, glorifiquem a Deus (1Pd 2.12). “Viver o
evangelho é dedicar sua vida em favor ao próximo (independente de quem ele
seja, irmão, gentio ou samaritano). Cabe-nos uma escolha hoje: viver o
evangelho de Cristo ou viver para nossos próprios prazeres. O apóstolo Paulo
assim define quem escolhe a segunda opção: "a que vive para os prazeres,
ainda que esteja viva, está morta" (1Tm 5:6).”[1].
Amados irmãos, esforcemo-nos para viver o nosso Cristianismo da melhor maneira
possível, pois, cristianismo não é religião, é uma nova forma de viver. A
religião tem por fim religar o homem a Deus, mas, o Cristianismo traz Deus até
o homem. Na religião o homem por seu esforço busca a Deus, mas, no
Cristianismo, é Deus quem busca o homem: “Porque o Filho do Homem veio buscar
e salvar o perdido” (Lc 19.10). Se é Deus quem nos busca, a nossa busca por
Deus é resposta aos apelos divinos: “buscai o SENHOR enquanto se pode achar,
invocai-o enquanto está perto. (Is 556).
Concluindo, queremos dizer, que não há nada errado em se possuir coisas, porém,
o desafio é um equilíbrio entre o “ter” e o “ser” e, para nós cristãos, o “ser”
deve ser mais relevante.
Pr. Rafael Ribeiro
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