quarta-feira, 12 de outubro de 2011

MANUSCRITO

Na antiguidade muito antes que a imprensa fosse criada, o homem buscou expressar-se verbalmente através da escrita. Os primeiros esforços se verificam através das pinturas rupestres encontradas em pedras, peças de barro ou cavernas. Já por volta de ano 3500 AC, surgiu a escrita cuneiforme na Mesopotâmia; forma que usava uma cunha de madeira ou metal na argila mole e, depois usando também tinta em artefatos de barro ou tecidos e mesmo o papiro. No antigo Egito mais ou menos na mesma época, começa a escrita hieroglífica, o hieroglifos era uma forma de criptograma onde se usavam gravuras e desenhos para expressar idéias, contar histórias narrar as crônicas dos faraós e dos feitos de uma civilização adiantadíssima. Foi mesmo no Egito que surgiu a primeira forma escrita que mais se aproximava da escrita alfabética. Essa escrita antiga surgida no Egito foi denominada de escrita hierática, misturava hieroglifos e formas aproximadas às consoantes; disso temos comprovação na escrita fenícia, que emprestou alguns símbolos hieráticos. Por fim surge a primeira escrita alfabética, por volta de 1700-1800 AC. Foram os fenícios, povo de origem semita, radicado ao norte da Palestina na fronteira com a Síria quem criaram a forma alfabética mais antiga. Os fenícios partiram da língua aramaica, falada em todo o mundo antigo e, simplificando o aramaico cujos vocábulos eram muito extensos criaram um idioma menos complexo e compacto. Esse idioma de raiz triliteral criado pelos fenícios, mais tarde recebeu o nome de hebraico, por que o povo hebreu o adotou como língua falada em sua nação, devido ao fato de que foi nesse idioma que se escreveu aquela que pode ser considerada a maior obra cunhada pela pena de um escritor; seja a Torah de Moisés. Também os demais livros do Antigo Testamento forma escritos, quase que em sua totalidade no idioma hebreu. Quando Moisés escreveu a Torah bem como quando o escreveram os demais escritores do Antigo Testamento, o papel não havia ainda sido inventado. No Egito usava-se o papiro. O papiro era confecciona através de um tipo de junco que cresce nas margens do Nilo por todo a sua extensão. Os egípcios cortavam o junco em forma de filetes punham para secar, depois o trançavam formando os rolos (meguillôth). A forma singular para a palavra é meguillah. Os escribas estendiam esse material sobre mesas de pedra estreitas e cumpridas e, usando uma pena molhada em tinta escreviam sobre ele. Mais tarde, por volta de 250 AC, os gregos, povo muito culto e que destacava-se nas letras e nas artes em geral, buscando um forma mais próximo de sua cultura, pois, até então, tinha que importar o papiro egípcio, desenvolveu o pergaminho, isso se deu na metrópole grega de Pérgamo, daí, pergaminho. O pergaminho confeccionado com couro de animais curtido, era mais resistente do que papiro. Os gregos partindo do hebraico desenvolveram a sua própria forma de escrita, o alfabeto grego. Em grego foram escritas as obras monumentais dos filósofos e poetas gregos. Platão, Heródoto, Aristóteles, etc. usaram o pergaminho para escrever. Com os pergaminhos, surgiram também os códices. Um códice usa o mesmo material da meguillah, contudo no códice o material era cortado em tiras quadráticas e encadernadas em forma livro, sobre as quais o escriba escrevia. A mais importante obra escrita em em grego coinêt ou, grego popular, sobre os pergaminhos em forma de rolos ou códices é o Novo Testamento. Também há textos do Antigo Testamento escritos em pergaminhos.

Rafael Ribeiro ThM.

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